terça-feira, 26 de novembro de 2013

                                                              "Virgem da Ternura", 2013


Ternura, amor, acolhimento, envolvolvimento, calor, união, fusão, relação...
Poderia escrever mil palavras maravilhosas para descrever a beleza deste Ícone. 
Rezar com ele é algo profundo...
Podemos colocar-nos no lugar de Jesus, sendo Virgem também nossa mãe...e acolher o seu amor e ternura por nós, todos esse envolvimento caloroso que nos enche e preenche, fazendo o coração arder...
E colocarmo-nos no lugar de mãe? como acolhemos? como abraçamos? que filhos cuidamos e criamos? que entrega fazemos?
É muito interessante rezar um Ícone e sentir todas as maravilhas que nos permite vivenciar, todas as emoções, percepções...

O Ícone ilumina, põe ordem, ordena-nos, dá equilíbrio, alimenta e ilumina o olhar, dá vida á vida!



1º Domingo do Advento - Ano A

Evangelho segundo S. Mateus 24,37-44.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Como foi nos dias de Noé, assim acontecerá na vinda do Filho do Homem.
Nos dias que precederam o dilúvio, comia-se, bebia-se, os homens casavam e as mulheres eram dadas em casamento, até ao dia em que Noé entrou na Arca;
e não deram por nada até chegar o dilúvio, que a todos arrastou. Assim será também a vinda do Filho do Homem.
Então, estarão dois homens no campo: um será levado e outro deixado;
duas mulheres estarão a moer no mesmo moinho: uma será levada e outra deixada.
Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.
Ficai sabendo isto: Se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a casa.
Por isso, estai também preparados, porque o Filho do Homem virá na hora em que não pensais.»




Deus está sempre a surpreender e a inquietar. Uma boa inquietação, que nos desperta e nos faz crescer na Fé, na Esperança, na Confiança e na Caridade...
É diferente viver uma vida vazia, sem esperar nada, sem crer em nada do que viver a vida no seu verdadeiro desafio, vigilantes. O desafio da Confiança, da escuta e Entrega plena à vontade de Deus, vigiando cada momento, cada acontecimento.
A felicidade plena surge escutando a vontade de Deus sobre a nossa vida e para isso é necessária toda essa vigilância, toda a oração sobre a sua vontade. Escutar Deus no silêncio, acolher os seus sinais no dia-a-dia em cada rosto que nos olha e fala, em cada acontecimento,em cada escolha, sentimento...
Entregar-se a Deus não significa apenas seguir uma vida consagrada, significa viver em Deus cada momento, confiados na certeza que Ele nos guia. Significa sermos verdadeiro instrumento d`Ele, instrumento vivo, incansável, sempre atendo e desperto à sua palavra e à necessidade do outro.
Se Deus me fala e eu estou tão adormecida que não o oiço, perco uma grande oportunidade para O sevir e ser feliz.


Esta passagem do Evangelho remete-me também para a morte e ressurreição.
É importante refletir a morte e ter consciência que essa passagem existe, uma passagem para a Vida Eterna. Mas, a meu ver, é diferente fazer essa passagem na leveza interior ou densidade. Entenda-se por leveza interior a consciência na tranquilidade, o coração cheio e transbordante de paz e amor e verdadeira liberdade. Desta forma, se a nossa consciência vive pesada, se o ódio, o medo e a inveja ocupam o nosso coração, é necessário estar despertos e vigilantes, para ir tratando todas as feridas, para ir resolvendo o que está por resolver...pois nunca sabemos quando vamos ver Jesus "face a face". Desta forma, preparemo-nos para a sua vinda também nesse sentido.


Senhor, desperta-nos. Somos seres adormecidos. Facilmente caímos. Levanta-nos, ergue-nos Senhor!
Ajuda-nos a perceber a Tua vontade na nossa vida, a compreender cada desafio que tens para nós. Não permitas que nenhum de nós fique preso na densidade, no que não vem de ti... salva-nos Senhor! Que nenhum de nós se perca Senhor!




Fim do Ano da Fé

Terminou o "Ano da Fé"...

Um ano, um caminho rumo à descoberta de vários caminhos para a Fé.
Fé não se compra, Fé não se concorre nem conquista, Fé experimenta-se e vive-se.

Poderia ser mais simples conseguir explicar como que se sente e vive a Fé...
O que poderei dizer? que consola...faz arder o coração...alimenta...dá força...anima...dá esperança...faz-nos acreditar e confiar... não é algo estático, intemporal e inalterável, mas repleto de vida... vida em abundância!

A Fé transforma-me, transfigura-me. A relação entre a Fé e o ser é uma relação simbiótica. A Fé alimenta o ser e o ser, na comunhão com Deus, alimenta a Fé. E é dessa forma que ambos crescem.

Permito e procuro que cresça em mim, apesar de por vezes parecer que perde "conteúdo", consistência e essência... mas depois volta e surpreende...
É esse movimento interior e misterioso que dá mistério à vida e que a torna mais...viva! uma chama ardente que nos aquece, ilumina e conduz.

Que cada humano consiga Senhor caminhar e alimentar a sua Fé, de forma que não seja uma Fé embrionária, mas cada vez mais matura. Uma Fé que necessite quebrar todas as barreiras do medo e da incerteza de forma a sair cada vez mais de si para se dar aos outros.

Aumenta a nossa Fé Senhor, para que consigamos crescer na luz, na caridade e na sabedoria!



terça-feira, 19 de novembro de 2013

Meditação sobre o Evangelho de Domingo, 24 de Novembro.

Evangelho segundo S. Lucas 23,35-43. 
Naquele tempo, os chefes dos Judeus zombavam de Jesus, dizendo: «Salvou os outros; salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito.»
Os soldados também troçavam dele. Aproximando-se para lhe oferecerem vinagre,
diziam: «Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!»
E por cima dele havia uma inscrição: «Este é o rei dos judeus.»
Ora, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-o, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-te a ti mesmo e a nós também.»
Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício?
Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo que as nossas acções mereciam; mas Ele nada praticou de condenável.»
E acrescentou: «Jesus, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino.»
Ele respondeu-lhe: «Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso.» 

Esta passagem do Evangelho remete-me para aqueles momentos difíceis da vida, em que aguardamos o grande milagre! Mas o milagre não vem, apenas a revolta e a dúvida..."pois, se Deus existisse não permitia que isto acontecesse" e ficamos presos nesse "se". Revelamos uma grande falta de confiança.
O mesmo acontece com os ladrões do Evangelho. Se Jesus fosse de facto Jesus, com os seus poderes salvar-se-ia!
A verdade, é que a salvação de Jesus estava mesmo naquela cruz e, o mais incrível, é que na sua salvação está a nossa. Aliás, passou por tudo isso precisamente para nos salvar.
Com este Evangelho aprendo que é necessário acreditar e saber esperar. "Nem tudo o que parece é!"
Confiar-me a Deus em plenitude e tranquilidade, na certeza que tudo será para minha salvação, mesmo que ainda não o veja.
É bom sentir que Jesus nos leva consigo, que está connosco, que se entrega por nós, que nos ama.

Senhor, aumenta a minha Fé! A ti me confio, na certeza de que me amparas e conduzes. A dúvida surge por vezes, o medo instala-se, a desolação acontece, mas o meu olhar está inclinado sobre ti.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Percurso de Castro de Avelãs


Famosa pelo seu património arqueológi­co e monumental – o importante povoado castrejo que emprestaria seu nome à fre­guesia e o celebrado mosteiro medieval de invulgar arquitectura “hispânica” – Castro de Avelãs bem merece uma atenta e pro­longada visita, tanto mais que se localiza a escassa meia dezena de quilómetros para o poente da capital concelhia, benefician­do ainda de óptima acessibilidade através do IP4 e EN 103.

Mostrando um relevo não especialmente acidentado, em área planáltica de altitu­des médias rondando os 500 metros, a fre­guesia é sulcada por minúsculo afluente do Sabor – a Ribeira de Fervença.

Embora não se inclua no aro do Parque Natural de Montesinho, esta freguesia é dotada de magníficas paisagens e pontos de interesse turístico. A sua quase con­tinuidade em relação à urbe bragançana tê-la-á beneficiado em termos económi­cos e demográficos, sendo de salientar que o tradicional decréscimo populacio­nal, embora afectando a região em geral, aqui se não faz sentir ainda.

Com uma história atribulada até aos iní­cios da Idade Moderna, o Mosteiro de S. Salvador de Castro de Avelãs viria a ser extinto pelos meados do século XVI (1545-1546). Do complexo monacal pri­mitivo só restará hoje, de genuína arqui­tectura românica cluniacense, a formosa cabeceira do templo, de remate semi­circular e revestimento em tijolo, com manifesta influência inspiradora da arte leonesa de S. Lourenço, de Sahagun. A planta original incluiria três naves, ape­nas restando actualmente a central e esta de fábrica posterior e absolutamente inca­racterística. No interior de um dos absidí­olos, agora aberto no exterior, abriga-se em interessante arcaz tumular granítico, com tampa de formato prismático onde se inscreve uma data trecentista.

A tradição popular diz ser esta a última morada de um poderoso cavaleiro – o Conde de Ariães, misteriosa personagem de tenebrosa e lendária história. Nesta freguesia, que tem por orago S. Bento, regista-se ainda um outro templo – a Igreja de Fontes – bem assim como uma interessante ponte de alvenaria, dita do Conde de Ariães.


INFORMAÇÕES:




Freguesia de Castro de Avelãs

 

Área: 13,799 km2

Actividades económicas: Agricultura, horticultura e pecuária

Património: Igreja de Fontes, Mosteiro de Avelãs, Ponte do Conde de Ariães, Castro de Avelãs, fontes de mergulho, moinhos de água, Torre Velha/Terras de S. Sebastião, restos do mosteiro medieval de S. Salvador; torre sineira (inscrições romanas reutiliza­das na sua construção) e pombais.

Outros locais: Zona de Paisagem natural.

Extensão (aprox.): 9 km

Duração: 2h00

Dificuldade: Fácil

Tipo de Percurso: Circular

Mapa


Informações retiradas da página oficila da Câmara Municipal de Bragança.